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Synyster Gates em entrevista ao JedBangers.

quinta-feira, 14 de abril de 2011.
A revista argentina Jedbangers entrevistou o guitarrista Synyster Gates, onde ele fala sobre a turnê sul americana, Jimmy “The Rev” Sullivan e estilos músicais.Conferira a tradução feita por Henrique Braum.

Tentando dominar o mundo
Eles são jovens, famosos, têm dinheiro e mulheres. Eles fazem turnê por todo o mundo e tem discos # 1 na Billboard. Mas eles também são odiados por milhões de pessoas, eles sofreram a morte de seu baterista e estão pela primeira vez em Buenos Aires. Definitivamente nós tivemos que falar sobre o Avenged Sevenfold.
Por Hugo Garcia, com colaborações de Nico Cabrera.


O telefone tocou exatamente na hora prevista. Como era esperado, uma voz feminina do outro lado da linha se apresentou como um intermediário entre o músico e o repórter. Mas primeiro, ela queria no perguntar uma coisa: “Como se pronuncia Jedbangers”. Droga, Irio [músico argentino (metal)] estava certo, as pessoas que falam Inglês não vão entender o nome! [Jedbangers significa Headbangers escrito apenas a nossa forma de pronunciá-lo em espanhol]. Eu explico para ela e depois ela me diz que eu só tenho “de dez a quinze minutos para fazer a entrevista”. Normalmente com dez a quinze minutos você acha que é impossível conseguir algo interessante de uma entrevista. Não tenha medo! Eu posso não ter tido um monte de visão quando escolhi o nome da revista, mas 49 números não se escrevem sozinhos, certo? [Esta é a edição # 50 da revista]. A mulher está de volta “Hugo, você está com Synyster Gates”.


Do outro lado da linha está o guitarrista do Avenged Sevenfold. Sua banda, que na Argentina começou a ganhar adeptos não faz muito tempo, tem 12 anos de trajetória, embora o nosso entrevistado tenha entrado na banda em 2000, quando eles estavam prestes a gravar seu LP “Sounding The Seventh Trumpet”. Com Zacky Vengeance como seu parceiro de guitarra, M. Shadows nos vocais e Jimmy “The Rev ” Sullivan, no papel do baterista, os quatro criaram uma formação que – com Johnny Christ adicionado como seu baixista – duraria por anos. Após a edição de “Nightmare” (2010) na Argentina e um grande número de cópias vendidas, o grupo teve luz verde para pisar em solo argentino. “É muito emocionante, todos nós estamos muito entusiasmados em tocar pela primeira vez na Argentina“, respondeu muito rapidamente Synyster Gates, a quem eu chamei de Brian durante toda a entrevista (seu nome verdadeiro) “Hoje em dia você pode estar conectado com todos os seus fãs através da Internet, então nós sabemos que temos um monte de fãs na Argentina, estamos conscientes disto” analisa o guitarrista quando perguntei a ele sobre a estréia da banda no nosso país. “Recebemos tantas mensagens e é como se você não podesse esperar para tocar nesse país, e então você pode conhecer o seu povo”.


- Sobre a setlist, vocês irão mudá-la tendo em mente que esta é sua primeira vez aqui?
- Sim, com certeza. Nesses casos, você provavelmente altera a setlist um pouco, eu diria que nós vamos fazer um setlist mais velho, para que possamos tocar músicas diferentes. Nós sabemos que o pessoal daí quer ouvir suas músicas favoritas e as mais populares.


- Você está pensando em sair por aqui enquanto vocês estiverem em Buenos Aires?
- Eu adoraria, mas pelo que eu sei nós não teremos muito tempo. É um pecado, eu tento ir a um bar para tomar uma bebida ou algo assim, mas eu acho que não vai ser possível em Buenos Aires.


- Como você faz nos shows ao vivo? Você apenas tenta se divertir ou tenta torná-lo tão perfeito quanto puder?
- Eu entendo que você está perguntando. Honestamente, nós temos um grande cenário de palco e um show que tem tanta energia, que nós podemos realmente curtí-lo e não se preocupar com nada. Nós só olhamos para os fãs, tocamos as nossas músicas, nós vamos com tudo que temos e damos o melhor que pudermos.


- “Nightmare” foi o primeiro álbum do Avenged editado na Argentina, não sei se você sabe disso. Então como você se sente, sendo uma banda tão grande nos Estados Unidos, por estar em lugares onde vocês estão apenas começando.
- Nós adoraríamos ter nossa música disponível antes na Argentina. Sendo esse o caso, teria sido possível tocar muito antes aí. Estamos tão animados de irmos e que os nossos fãs são capazes de encontrar a nossa música aí. Nós estamos prontos para chutar alguns traseiros.
Com o lançamento de “Waking the Fallen” (2003), o Avenged Sevenfold chegou às nossas orelhas [Jedbangers '] e sinceramente nos surpreendeu. Comparando a banda – uma mistura de Pantera, Power Metal e Hardcore Melódico que veio com uma enorme onda de novos Heavy Metal americanos – com seu novo som que tem Guns n’ Roses como inspiração primordial, mostra que eles tiveram uma grande mutação ao longo dos anos . Seria ingênuo supor que a mudança “apenas aconteceu”. (…)


- A primeira vez que ouvi Avenged Sevenfold foi com o “Waking the Fallen”, e ele soava como uma mistura de Blind Guardian e Bad Religion…
- Sim …
- Mas, depois deste disco vocês mudaram muito. Minha pergunta é, vocês fizeram isso conscientemente?
-Nós meio que quisemos assim, mas ao mesmo tempo isso meio que aconteceu. Naquela época nós estávamos mais interessados ​​em uma abordagem melódica, estávamos mais entretidos com isso, e essa é a direção artística que fomos atrás. Nós realmente gostamos de fazer experiências com diferentes tipos de música. Basicamente, enquanto nós estávamos progredindo, tentamos diferentes estilos musicais, e como resultado, nós somos uma banda muito eclética. Acho que estamos apenas começando a definir quem realmente somos e é por isso que estamos mais consistentes no momento.


- Já que estamos falando sobre essa mudança, ela não tem a ver com M. Shadows fazendo a operação?
- Não, porque nós já havíamos decidido que queríamos mudar a nossa orientação para algo mais melódico. Nós conversamos sobre isso antes de ele ter a notícia sobre a operação. Além disso, ele ainda pode gritar como fazia antes, é algo que ele ainda faz em algumas de nossas músicas… Eu realmente acho que se a sua voz mudou, ela foi para melhor. Após a operação, ele melhorou o seu alcance vocal. Isso é tudo apenas um rumor. As pessoas costumavam dizer que, por causa que Shadows não podia gritar do jeito que ele fazia antes, nós tivemos que fazer uma música mais acessível.


- Os fãs de metal nunca aceitaram que a sua banda favorita mudasse, ainda mais quando essa mudança envolve o fato do grupo ficar mais suave. Como foi a reação dos fãs no seu caso?
- A reação foi incrível. No início, havia um monte de gente reclamando, porque é verdade que é uma mudança muito importante. Mas neste ponto, considerando que nós mudamos nas últimas três gravações, é como se eles tivessem sido usados ​​para a nossa música estar sempre em busca de estilos diferentes. Eu acho que nossos fãs aceitam as mudanças que fazemos e esperam isso a cada álbum.


- Eu li que você era um fã do Power Metal. Você ainda é?
- Sim, eu escuto tudo. Continuamos a ouvir a música que nós amávamos anos atrás, mas também acrescentamos um monte de coisas novas… não temos medo de colocar uma música da Britney Spears para tocar.
(Eu ri. Ele não)
É tipo assim, o que você vai fazer? Ela é boa no que faz. Isso não muda o fato de que Sonata Arctica é uma das minhas bandas favoritas.




Quando um amigo parte…
No dia 28 de dezembro de 2009, o baterista Jimmy “The Rev” Sullivan morreu aos 28 anos de idade. As primeiras notícias diziam que foi uma morte natural, mas depois da autópsia, elas diriam que foi o resultado de uma intoxicação com medicamentos diferentes que o coração de Jimmy não pode suportar. Após a perda do seu amigo, o Avenged Sevenfold decidiu virar a página e seguir em frente com seu plano para dominar o mundo.




- Foi difícil continuar com o Avenged Sevenfold sem o Jimmy?
- Sim, claro que foi. Mas quando vimos que todos – incluindo a família de Jimmy e os nossos fãs – concordaram que devíamos continuar com a banda, foi algo fácil de fazer. Mas como eu ia dizendo, o primeiro passo foi difícil de tomar. Foi uma situação muito complicada para nós. Hoje estamos muito felizes com a decisão que tomamos, nos sentimos muito fortes.


- Jimmy morreu de uma overdose, vocês estavam conscientes da sua relação com as drogas?
- É … bem … quero dizer … sim, eu acho que nós estávamos. Eu não considero que o Jimmy tinha um problema em específico com as drogas. Provavelmente, se ele tivesse morrido outro dia, a substância que teriam encontrado em seu corpo seria outra ou nenhuma, porque ele não era um cara que drogava todos os dias. Acontece que o Jimmy gostava de festas, ele se reunia com alguns amigos e fazia todos os tipos de coisas. Foi uma desgraça o que aconteceu com ele.


- Você acha que isso mudou a sua opinião sobre drogas?
- Não, eu acho que você pode fazer o que quiser, desde que você faça isso com moderação. Especialmente no caso de Jimmy, por que o que um monte de gente não sabe é que ele tinha uma doença cardíaca que foi um fator decisivo para sua morte. Claro que para a imprensa é mais fácil falar sobre uma overdose e simplesmente ignorar o fato de que Jimmy tinha um problema cardíaco. As drogas são más (risos), Eu uso elas, eu tenho bons momentos com elas, mas eu sempre uso com moderação. Eu não condeno a sua utilização, mas se você vai fazer isso, faça isso com moderação.
E mesmo que a sua música tenha mudado, o Avenged Sevenfold ainda é uma banda formada por membros que, podem e sabem, tocar seus instrumentos e suas músicas para demonstrar suas habilidades (…)


- Quais são as suas influências como guitarrista hoje em dia?
- Dos novos músicos eu diria que John 5 (ex-Marilyn Manson, Rob Zombie) é incrível. Mas eu também estou ouvindo algumas coisas estranhas, como Allan Holdsworth. O cara é um gênio do jazz, e me ajuda muito a aprender novas técnicas. E também Dimebag Darrel do Pantera que é um dos meus guitarristas favoritos.


- Você ainda treina muito?
- Sim, absolutamente. Tudo depende se eu estou em turnê ou não. Quando estou na estrada eu toco muito, em casa eu tento escrever novo material. Além disso, nós passamos tão pouco tempo em casa que quando estamos de volta, procuramos estar com nossas famílias e passar tempo com eles e nossos amigos. Mas quando estamos em turnê eu posso treinar em torno de 5 ou 6 horas por dia.
- O quê? Isso é muito!
- Sim!
Talvez seja por causa desta dedicação que Mike Portnoy, o ex? Dream Theater, ofereceu-se para gravar a bateria de “Nightmare” quando o Avenged Sevenfold foi passava por seus momentos mais sombrios. Portnoy tocou com o A7X até o final de 2010, encerrando os rumores de que ele ficaria como um substituto de Jimmy Sullivan.


- O que aconteceu com Portnoy?
- Basicamente, nós decidimos que queríamos fazer nossas coisas e ele faria as suas. Nós realmente apreciamos toda a ajuda que Mike nos deu, eu não tenho idéia do que acontece entre ele e o Dream Theater, mas nós não queríamos roubar ninguém do Dream Theater. De qualquer forma, eu não estou dizendo que nós poderíamos ter feito isso. Eu acho que o que estou dizendo é que o que aconteceu entre o Mike e o DT foi algo que tem mais a ver com a visão do Mike. Nós não queremos ter nada a ver com esse rompimento ou algo assim. Enquanto ele esteve conosco, ele nos ajudou muito, ele arrebentou. Nós seremos eternamente gratos por isso.


- Vocês já decidiram se Arin Ilejay vai ficar permanentemente na banda?
- Você nunca sabe. Pessoalmente, eu amo esse cara (risos). Se eu tivesse que escolher agora eu gostaria que ele ficasse. Eu acho que a melhor coisa é passar um tempo com ele para ver se funciona, para ver que tipo de cara que ele é e o quão bem nos damos. Arin é extremamente talentoso, amigável e ele é muito grato por esta oportunidade.


- Como vocês gerenciam a voz do Jimmy no palco?
- Bem, em determinadas partes de algumas canções nós usamos uma fita que reproduz a voz do Jimmy. Fazemos isso porque os fãs querem ouvir a sua voz e, para nós, isso significa que ele ainda está lá (…)


O que nós vamos fazer esta noite Synyster?
O Avenged Sevenfold é uma banda enorme nos Estados Unidos e a popularidade no velho continente continua crescendo (…) com isto em mente, faz sentido que, no futuro, a música pesada vai ter uma mudança de nomes na lista dos grandes líderes. Será que o Sr. Gates concorda com isso? “Você nunca sabe”, ele responde: “O fato de que alguém pensar que nós podemos realmente estar nessa lista é uma honra para mim. Se chegarmos a carregar a tocha, vamos fazê-lo com orgulho. Eu gostaria que algo assim tivesse acontecido”.
- Vocês ainda tem objetivos a atingir? Ou vocês já atingiram todos?
- Sim, nós temos objetivos! O que queremos alcançar, basicamente, é a dominação do mundo. Agora nós temos muito contato com os nossos fãs da Argentina através da internet e nós nem sequer tocamos lá ainda, mas estamos conscientes de que, nesse país que nós nem sequer conhecemos, as pessoas conhecem nossa música. E nós queremos que isso aconteça em todo o mundo. A idéia é ser capaz de tocar na frente de qualquer um que queira nos ouvir, no mundo inteiro. Queremos ser uma banda essencial, um clássico.


- Vocês vêem o Avenged Sevenfold tocando muito no futuro?
- Sim, com certeza. Na verdade, para responder à sua pergunta anterior, este é o nosso objetivo: tocar por muitos anos, queremos continuar com o Avenged Sevenfold por tanto tempo quanto possamos tocar instrumentos. Nós somos melhores amigos, não brigamos, temos ótimos momentos juntos, crescemos juntos e queremos tocar juntos para sempre.


>>>A7X:BR<<<


@nathandamacena

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